Crepúsculo!

Observo o crepúsculo:
perco-me em cores,
lanço-me ao infinito
retiro-me do mundo
em alma e pensamento
que, ao corpo se fundem,
numa leveza irreal.
Esqueço o que é finito
no encontro com o surreal,
tonalidades múltiplas
ofertadas pelo céu.
Misticismo que palpita,
magia que convida
a repensar a vida,
revertendo o papel
a viver o que ainda resta
do muito que se perdeu,
de tudo que ainda pulsa,
do tudo que quase morreu.