Arquivos de novembro 2018

Entardecer

Quando a vida entardecer quero continuar a viver, ter belas recordações, sentir outras sensações, navegar através de experiências infindas e desaguar nas emoções sentidas sem me importar com a fúria dos dias ao entardecer.

Medo

O silêncio no ar a tempestade a soar. Medo do mundo, da gente, do que é terreno, do existente. As folhas na chuva, a matéria de mim, o medo da bruma, da tempestade, do eterno silêncio no ar.

Mar

Além de mim existe o mar. O mar em mim inunda meus sentidos me tornando água. Ondas borbulhantes, calmaria. O vento espalha as ondas na areia e desaparece. Nada fica, apenas a vastidão que se alonga tomando os sentidos, desfragmentando meus pensamentos. A paz que tanto procuro, que me faz viver.

Manhã de Outono

Se a manhã trouxe o vento outonal, eu só soube das folhas secas a compor cenários tão sabedores de mim. No acaso das linhas da minha mão, li o necessário para que a lágrima furtiva não fosse letra e música de um dia em que as horas tinham o compasso da memória, do momento em …

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Horizonte

Hoje, queria escrever sobre o sorriso e a flor, mas a urgência dos seus olhos me fizeram só saber que eu ainda busco no horizonte, desenhado nas folhas avulsas, sua chegada e suas histórias dos mares do sul. Hoje, no ensimesmado de tudo, não permiti que a lágrima profetizasse o sonho e o quase mistério …

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Pensamentos Soltos

Na presença do corpo desejado e nos dias simples de chuva. Na noturna solidão e no contar das estrelas que se confundem com as margaridas. No princípio dos passos incertos e na saia rodada que faz ciranda e melodia para aqueles que chegam. Na prece resoluta e no vidro quebrado: pensar tem sido custoso, pois …

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Amores

Se os amores vãos enternecem o dia, as canções de antes surgem na página em branco e revelam os vestígios do sonho. Se a chuva cai sem mais, o passado se faz imagem sem endereço e descreve o momento do beijo que, apesar dos ares de sempre, desperta desejos intensos.

Tempo

Se as horas nada dizem, preciso ouvir os oráculos do tempo. Se chove lá fora, preciso mentir sobre as ilusões da última manhã. Se os olhos atravessam espelhos de mim, adormeço sobre as páginas do livro que me falam de você. E o tempo? Ah, o tempo, oráculo da vida.

Final

Nunca soube dizer se a história teria fim ou se o acaso sempre me iludira. Nunca dispus de tempo para rios de lágrimas ou para o sacrifício de nada dizer em despedidas nas tardes sem sol. Os segredos tão bem guardados provocam raios e trovões. Os amores que tenho são labirintos e só.

Silhueta

Não tem nome a silhueta que se esgueira entre destinos. Não se sabe se essa sombra que passeia no escuro da insone noite carrega em si nuances de adulta ou de menina. Não tem rosto os rabiscos que se movem na folha branca, incógnitos entre as dores mais doídas, seguindo na pauta do tempo que …

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