A Dor do Poeta!

Arranca, poeta,
a dor dentro do peito,
lembra-te de que,
para tudo,
há um jeito
imbuído no lirismo
ao encarar a vida.
Sorve tuas palavras,
prevalece teu dom:
aquele que ousa ressuscitar a flor
quando despetalada pelos campos.
Mostra ao mundo do que és capaz.
Chora tua dor em versos,
registra-a no papel em branco,
no branco que simboliza a paz.
Geme em rimas a dor maior
fincada na essência
de tua essência,
aquela que não mais quer sentir
e persiste em tua existência.
Desabotoa as aflições
que te sufocam,
lembra das estrelas
que se apagam
e voltam a brilhar
em galáxias distantes
trazendo o brilho mais brilhante.
Sorri ao te defrontar com o oceano.
Chora de emoção por cada gota ofegante.
Devolve ao mar tuas lágrimas salgadas
e resgata a alegria
arrebatada em um instante.
Faz, poeta,
o que a alma pede
e a razão acusa.
Canta alto tua poesia,
desperta tua musa
deixando a emoção
rasgar a flor de tua pele.
Tece a tua poesia,
poeta,
em busca da felicidade.