Infinito!

Quero alcançar os sonhos,
ultrapassar limites,
ir ao fim do mundo
Em um mergulhar profundo.
E, se o inatingível me permite,
cruzar a linha do horizonte,
atravessar a ponte
que une o infinito
aonde o sol se esconde.
Quero vestir toda a magia,
fazer estripulia,
abusar da fantasia
e em um voo inusitado
ver versos espelhados
na luz que traz o dia.
Quero, durante o anoitecer,
em nuvem azul-marinho,
poemas em dourado, tecer
e soprá-los de mansinho
feito poeira cósmica
e ver o céu resplandecer.
Quero ser a própria poesia
e toda a alegoria
que validam o viver
e depois dos versos derramados,
entusiasmos explorados,
quero renascer.