Arquivos de julho 2021

Caminhos!

Piso caminhos intransitáveis, em chãos impalpáveis entre paisagens jamais tocadas ou maculadas pela vil exploração, domínio de reles conquistas, vítimas de cruel exacerbação. Onde ninguém se atreveu sem pesar o que perdeu, ou se perdeu. Abraço o desafio da entrega, desbravo a terra, saúdo o alvorecer, bendigo as flores, os amores, o entardecer, os espinhos …

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Tempos Conturbados!

Nesse tempo de rapidez tamanha, de não mais saber onde mora o longe, da tecnologia que nosso ar respira e o pensar expira, pois a tudo ela responde. Da compulsão de olhar para uma tela fria causando estragos, mentes doentias, largando um mundo inteiro para lá, juntando distâncias que se percorria com a emoção de …

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Manhã!

Amanhece. Entrego-me aos braços da manhã confiante na luz a me banhar clarão. Aninho-me em seu colo. Decolo. Alma desprendida alcança o céu e o traz para dentro de mim, o faz fazer parte de mim, liturgia ungida de sacramentos. Portas abertas, meu corpo é templo a contemplar a letargia do momento sacro, na fé …

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Madrugada!

Sou mais a madrugada arredia, que não é noite nem é dia. É orvalho e alvorada, oração intercalada no silêncio que prenuncia o novo que virá. Sou a madrugada interposta, mediando o morrer da lua e o nascer do sol a deixar no ar um ar de o que será? O abandono, onde todos vestem …

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Contraversões!

Em qual versão me perdi? Foram tantas que vivi, expostas e inconvincentes. Talvez em todas ou nenhuma. Ou, quem sabe, na tradução que imaginara ser tal qual o meu perfil. Porém, ele se modificara de acordo com os traslados dos dias a interferirem na alma, seguindo a revolução decorrente dos fatos que lacram, decepam, descartam, …

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Divagações!

Vivo? Resisto. Já vivi antes dos vendavais, sob brancas nuvens clareando meus quintais. Agora sobrevivo. Após a devastação de sentimentos e raízes plantados dentro de mim, do extermínio de flores e matizes, essências a compor meu ar, agora rarefeito, fincando marcas indeléveis do mau tempo em meu peito. Hoje simplesmente existo. Ou inexisto?

Eclipse Humano!

O sol espia, provoca, inunda, fecunda, evoca, alcança lá, acolá, menos o aqui. Não há como alcançar: nem mesmo um raio consegue vir até cá. O girassol se mostra, aposta na manhã, no dia que será. Sob comandos solares, põe à prova sua liberdade e se prostra nos lugares a girar. Coração carente, irreverente, não …

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Tempo!

E a vida devagar tolhe devaneios parcos, poucos, sonhos enroscados, perdidos, afoitos, famintos de querer ficar. Ocultos em oposição ao vento pedem por socorro clamam abraços de um poeta louco a não se dar conta de que o tempo é pouco para investir tanta emoção e se emaranha nesse espaço roto, por contradição, nessa trajetória …

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Pensamento!

O pensamento segue o comando da mente livre para o guiar. Livre para voar e virar: virar flor, virar cor, virar alegria. Permeia os versos, vira poesia, vira pássaro, alça voo, vira lenda ou magia, vira vida, pula a morte, vira o que não mais importe, vira o que queira virar. Depende da sorte ou …

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Espera!

A poesia espera a flor nascer no jardim, o beija-flor voltear a rosa vestindo carmim, em um beijo doce selar o amor que não tem fim. A poesia espera o beijo frio da estrela, o último por do sol, a próxima lua cheia, o eclipse total, a aurora boreal, e toda a beleza celeste. A …

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